sábado, 28 de fevereiro de 2009

Você consegue ouvir o som?


Train Horns

Created by Train Horns



Acho que minha idade mental é inferior à biológica, porque esse som aí só pode ser escutado por jovens e eu ouvi. Vocês conseguem também?

Vi no blog Ilustrada no Pop





quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Viña del Mar


Pois é, fui conhecer o Pacífico. E assim ó, eu nem gostei muito da cidade não. Pelo simples fato de você nem se lembrar que tem um mar ali em frente porque a cidade não tem clima de praia.

E faz frio. Muito, muito frio. Eu e Carolcol, super brasileiras, fomos para lá de bermuda e só levamos uma blusinha para qualquer eventualidade. Passamos frio. Olha, 8ºC não é clima de praia em pleno verão. Não no Brasil.

Fiquei no Che Lagarto de Viña e é um horror. Imundo. E não tem calefação, aí faz frio pra cacete à noite. Mas tem um recepcionista a cara do Jude Law. Só isso valeu a pena tanta sujeira. Aliás, me lembrava o tempo todo da Dani falando do recepcionista do Che do Rio.

Quando eu digo que as pessoas neste país no sul do mundo são estranhas, pra ser educada e não ser preconceituosa, ninguém acredita. Vejam a palhaçada: estava eu, de ressaca e com sono, tomando o café da manhã tosco do albergue quando um cara aqui de Santiago me pergunta o que eu faço. Digo que trabalho na obra x, em Santiago e o filho da puta começa a me ofender. Oi? Eu não tenho culpa que não escolheram uma empresa chilena pra fazer a obra. Mas Santiaguino é um caso à parte, merece um post só para falar da falta de educação e grosseria dessas pessoas. As pessoas em Viña são simpáticas, quase todas elas.

E é isso. Nada mais para falar da cidade. Eu queria ter ido até Valparaíso, mas Carolcol queria ir à praia,
eu posso ir num final de semana que não tenha nada para fazer aqui e a gente tinha que voltar para Santiago as 16h30 e [coisa que não aconteceu, a gente perdeu o ônibus e teve que ficar na rodoviária até as sete e quarenta da noite].

As fotos estão aqui.

Na páscoa vou para o Deserto do Atacama. Porque viajar dentro do país é barato, o único lugar caro é a Ilha de Páscoa, mas vou guardar uma grana para ir até lá antes de ir embora.


Antes disso, vou para o Brasil passar 7 dias felizes, em casa. Vocês aí de São Paulo, vão reservando alguns dias para ir tomar cerveja comigo, por que eu estou morrendo de saudades...



sábado, 21 de fevereiro de 2009

Carnaval


Já que aqui não existe carnaval e eu trabalharei normalmente nos próximos quatro dias, este final de semana vou conhecer o Oceano Pacífico.

Estou indo para Viña del Mar.
Quando eu voltar, no domingo à noite coloco umas fotinhas.

E a Carolcol tá aqui :)


Bom carnaval pra vcs!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009


Sair do Brasil não foi uma coisa planejada como alguém que faz um intercâmbio ou resolve morar fora para ver ‘cualéqueé’. Então não venha me dizer: “A Vivis rapou fora, é isso aí garota.” Você não sabe de nada para fazer julgamentos sobre mim e sobre as decisões que eu tomo na minha vida. Um comentário num blog não faz você me conhecer para dizer uma estupidez dessa.

Vir para o Chile não foi só uma escolha minha. Tem um monte de outras coisas que facilitaram a minha essa escolha. Sim, eu queria mudar de ares, eu precisava (e ainda preciso) esquecer tudo que aconteceu na minha vida nos últimos anos, principalmente no último ano. Mas isso só aconteceu porque eu tinha uma possibilidade. Eu poderia ter ido para Estreito, para Amazônia, para o Rio e para Santiago.

Eu escolhi Santiago porque eu posso ter uma carreira internacional e isso será muito bom para o meu futuro. E financeiramente é recompensador. E a cidade é muito mais perto de São Paulo que Estreito e a Floresta Amazônica. E o Rio para mim seria desesperador por motivos muito, muito pessoais, mas seria uma opção caso aqui falhasse.

A possibilidade existia desde 2007, quando a empresa que eu trabalho abriu uma filial no Chile. Falar espanhol, ou melhor, ler e escrever muito bem em espanhol, me levou a participar das coisas daqui e, quando me fizeram a proposta na primeira vez eu recusei veementemente. Por motivos pessoais e por pensar que trabalhar em outro país seria um pouco aterrador e não fazia parte dos meus planos.

Mas em agosto do ano passado me fizeram uma proposta muito tentadora. Tentadora não, irrecusável. E aqui estou eu. E não está sendo nenhum pouco fácil. Não mesmo.

Eu estou cumprindo com as minhas metas aqui? Profissionalmente e financeiramente posso dizer que sim. Mas esquecer o que eu queria tanto esquecer e me refazer? Não, não mesmo.

Se eu sou mais feliz aqui? Não, não sou. Nem mais feliz nem menos infeliz.

A diferença é que eu tenho mais um problema para resolver: saudades. Eu sinto saudades absurdas das coisas mais prosaicas. Como pegar o metrô para ir trabalhar ou passear na Avenida Paulista. Sinto saudade dos meus poucos e muito bons amigos. Eu sinto saudade da minha cidade, do meu país. Por melhor que sejam as coisas aqui, a qualidade de vida fenomenal, pela independência que eu tenho agora, ainda assim, tenho certeza que não existe melhor lugar que a minha casa, que o meu país. Por isso me causa espanto ouvir as pessoas dizerem que o que mais querem é sair de Brasil. Façam isso então. E depois, talvez, possamos conversar. Pois, como sabiamente me disse a Dani hoje, merdas existem em todos os lugares, elas são apenas diferentes. E eu serei brasileira mesmo que mude de nome, mesmo que tenha outra nacionalidade. Em outro país você sempre, sempre será estrangeiro. E não há nada que mude isso.

É isso.
You can write, but you can’t edit.

Ah sim, isso é a minha opinião, se você não gostar do que eu penso, ótimo, se gostar ótimo também. Opiniões estão aí para serem divididas e não para serem julgadas e serem motivo de agressão. Por este motivo este blog tem comentários ativados. Porque compartilhar opiniões e conhecer outros pontos de vista faz parte de um eterno aprendizado.




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A mulher de Virgem


Se Florence Nightingale era Virgem
Não sei… mas o mal é de origem. (é mesmo!)

A mulher de Virgem aceita a amante (mentira vinicius, mentira)
Isto é: desde que não a suplante.

Sexo de consumo, pães-de-minuto
Nada disso lhe há de faltar
O condomínio é absoluto
A Virgem é mulher do lar. (eu sou do bar!)

Opala, safira, turquesa
São suas pedras astrais
Na cuca, muita esperteza
Na existência, muita paz. (ainda não, mas, como dizem os mutantes: e a paz que eu tanto quero eu consiga encontrar)


Vinícius de Moraes




segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

I miss you



É triste , mas eu sei que um dia ela vai pro céu dos cachorros, comer todas as havaianas, tomates e bananas que puder.

E eu sinto tanta falta dela latindo quando o cara da TV vai falar a noticia que eu fiquei esperando um tempão pra ver. Quando ela engana todo mundo fingindo que quer ir fazer xixi e deita na grama molhada e se suja toda no mesmo dia que acabou de voltar do banho. Sinto falta dela quando eu acordo de manhã. Por que ela é o meu despertador. Enquanto eu tomo banho e ela não está deitada na porta do banheiro me esperando sair. Ou quando eu chego em casa e ela fica dando voltinhas em torno de si mesma de alegria de me ver.

Eu sinto muita saudade dela. Porque com as pessoas eu posso conversar, ver pela webcam, e tudo fica mais perto. Mas ela não fala comigo no telefone. E pela câmera ela não pode me lamber depois de ter comido coco...

Muita, muita saudade da Mel.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pica Helada

Eu bebo muito aqui. De vinho de 1000 pesos à whisky 18 anos. (talvez seja bom eu procurar o AA se continuar assim). É minha diversão no final de semana que fico em casa, sozinha, com a TV ligada vendo cinco vezes o mesmo episódio de Friends e porque aqui essas coisas são baratas – uma Absolute custa em torno de 20 reais.

Uma das coisas alcoólicas que mais gosto aqui é Pisco Sauer pronto - Venha provar minha senhora, é uma dilicia! O que importa é que já escolhi o “trago del verano”, que carinhosamente chamo de Pica Helada.

¡Mira, que cosita buena!

- Metade de um copo de Pisco Sauer
- Metade de um copo de Coca Cola
- Gelo (Hielo)
- Limão (Pica)


Nem precisa mexer, é só beber. Eu acabo com uma garrafa de pisco em um fim de semana.

Quando for pra casa (falta pouco, força Vivis, você aguenta) eu vou levar de presente pra umas pessoas. Tenho certeza que vão gostar.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Vicios e Virtudes

Bora lá falar de coisas mais leves? É porque eu estou meio cansada dessa tristeza e raiva destilada nos posts abaixo. :]

Olha eu to viciada eu pastel de choclo. Parece o nosso escondidinho, mas é de milho. A receita está aqui. Vou me empenhar a aprender a fazer como uma chilena. Tem a empanada chilena também, que dá de 10 a 0 na argentina. É maior, e o recheio original (pino) é uma delícia.

E agora no meu vício de musica, uma coisa boa. (essa é a virtude do post, ¿cachai?*). Eu estava ouvindo 3namassa hoje à tarde e reclamando dessas moças que cantam MPB "muderna", aí meu amigo lá de Fortaleza me recomendou uma banda pra eu ouvir:

gabsramalho Escuta o Rio42, daqui de Fortal: » link to myspace.com. A cantora nem é profissional (é fotógrafa), mas canta melhor que gente do 3namassa.

Como boa viciada que sou, nem perdi muito tempo e lá fui eu escutar. Cara, maior boa! De verdade. E eu sou chata pra caralho pra música, quase não "ovo" rádio, conheço as coisas assim de ouvir falar. Me me lembrou bajofondo tango club e talz. Muito bom! Olhem meu last pra ver quantas vezes eu escutei. :]

Então, "ovão" vocês também. Se não gostarem, problema de vocês, agora se gostarem, falem pro moço dono da voz aqui.

That's all folks!


* Cachai, aqui no Chile, é o nosso 'sacou?' ou o 'né?' ou ainda entendeu?, na norma culta da língua portuguesa :]

domingo, 1 de fevereiro de 2009



Há uns 20 minutos tem um labrador igual a minha Mel chorando debaixo da minha janela. Revirando o jardim procurando comida... E eu não posso fazer nada, porque não tenho como recolher um cachorro desse tamanho e nem tenho nada aqui que possa servir de comida para ele.

Eu não sou uma ativista do PETA ou do Greenpeace ou da WWF, mas, acredito que se uma pessoa tem que pensar muito quando vai adotar um cachorro, um gato, um peixe. Um bichinho desses é como um filho que nunca vai crescer, que sempre vai depender de você, até que ele fique bem velhinho e morra. E no caso de um cachorro, isso pode durar mais de 15 anos.


Aqui em Santiago não tem carrocinha, nem abrigo para animais. Então os cachorros ficam nas ruas soltos, abandonados, e não só os vira-latas, os de 'marca' também. Eu falo dos de raça, porque se supõe que o cachorro foi comprado, por um preço bem alto e que a pessoa que tem dinheiro pra comprar um desses, deve ter um nível cultural um pouco melhor do que quem não tem. O que leva uma pessoa a soltar um bichinho indefeso na rua, que não sabe pedir comida?

A Mel não é um exemplo de educação e bons modos, mas ela é linda e me faz muito feliz. Eu fico aqui morrendo de saudades dela. Ainda bem que moro numa casa em SP e que todo mundo lá trata ela bem. Muito bem. E por mais mal educada que ela seja, por mais cara que seja a ração que ela coma ou que tenha que fazer inúmeras cirurgias pra curar seu problema coxo femural, eu NUNCA abandonaria ela na rua. Nem ela, nem nenhum outro bichinho que eu venha a ter.