sexta-feira, 14 de agosto de 2009

10 anos

Hoje faz dez anos que você sentou naquele banco do caracol da federal e abriu meu fichário e perguntou quem era Vivian. Eu me lembro muito bem desse dia, como se tivesse acontecido ontem à noite.

Depois desse dia, minha vida nunca mais foi igual. Durante uns meses fomos amigos, eu disse para sua mãe, que era minha professora, que me casaria com você, no dia que você foi à minha sala pedir três reais pra ir pra casa, que na verdade era pra comprar cerveja no bigode. E um dia, sentados numa mesa desse mesmo bigode, você pediu pra falar comigo lá fora. E eu fui. E você disse que queria me beijar e a minha resposta foi: você é grande demais pra mim. Mas mesmo assim a gente se beijou.

A importância da sua vida na minha não tem como medir. Depois de você eu fiquei menos ingênua, mais forte, me sentia bonita de verdade, do jeito que eu sou. Com você eu descobri tantas coisas, fiz tantas coisas, virei mulher de verdade.

E hoje também faz um ano que a gente se beijou pela última vez. E eu sinto tanto a sua falta nesses dias, queria tanto poder falar com você, e ter uma conversa interminável como as que a gente tinha quando tudo começou.

Eu conheci alguns outros depois de você, alguns melhores, outros bem piores e eu sei que ainda posso conhecer outros, mas você talvez seja para sempre aquela pessoa com quem eu sei que poderia passar a vida. É o único que eu não preciso de disfarce, não preciso mentir nem dizer nada, porque consegue me ler direitinho. Você é a única pessoa até hoje que sabe onde é que tem que me tocar, como é que tem que fazer pra me deixar apaixonada. É a única pessoa que eu não tenho vergonha de ficar nua na frente. Você é a única pessoa que eu imagino sendo pai dos meus filhos.

Eu te amo muito, mesmo depois de tanto tempo, de uma forma muito mais serena do que há dez anos, mas eu te amo. E sempre vou amar, de uma forma ou de outra.


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