segunda-feira, 8 de junho de 2009

Hecho de menos

Quanto mais perto chega o dia de ir para casa, mas angustiada eu fico. Deve ser porque eu sei que falta pouco agora. Quando eu volto de lá, eu nem sofro muito, pois sei que terei que ficar aqui três meses. E me conformo. Não dá para ficar pensando 24 horas que daqui a três meses vou pra casa. Ver minha família, meus poucos e muito amados amigos.

Aliás, eu sinto muita falta dos amigos. Muita mesmo. De poder ligar no final do dia e marcar um café, de combinar balada para o final de semana. Da família, nem tanto, porque eu ligo para casa todos os dias. Ou quase todos, mas não passo muito tempo sem notícias. Então a saudade diminui um pouco. Agora dos amigos, é bem diferente. Eu não posso passar uma hora no telefone com todo mundo.

Nas últimas duas semanas eu ando melancólica pra cacete, apesar das piadas no twitter. Saudades de tudo. Percebi que três meses é o que dá pra aguentar. Aliás, 75 dias é o máximo para mim. Eu to mal humorada, chata e triste. Não consigo trabalhar direito e só penso no Brasil, nas coisas que quero fazer nos 10 dias que estiver por lá.

O Chile é divertido e talz, tem a Cordilheira dos Andes, neve, geleira, termas, o Pacífico, mas eu estou morrendo é de saudades de São Paulo.

Uma listinha (coisa de virginiana) do que eu quero fazer nos dias que estiver por lá:
  • Dar uma de turista. Quero ir ao Terraço Itália, ao MASP, ao MUBe, ao MAM, à Pinacoteca, ao Museu da Língua Portuguesa, ao Parque da Luz... Não sei se vou conseguir, mas vou tentar bastante.
  • Ir ao cinema e ver filmes legendados em Português. A saudade que eu sinto de sair do trabalho e passar no Belas Artes não tem tamanho. Acredite ou não, Ensaio sobre a Cegueira não passou aqui e na maioria das vezes, os filmes demoram um bocado pra chegar. Vicky Cristina Barcelona estreou semana retrasada.
  • Ver os amigos. Todos os possíveis, até aqueles que eu passo anos sem ver. Sair com amigos em que a gente pode ser a gente mesma não tem preço. E eu aqui sou uma atriz. Finjo ser quem eu não sou o tempo todo. E isso ta me deixando mal pra caralho.
  • Comer. Comer comida brasileira. Comer um PF no Monarca. Comer pão de queijo. Farofa. Suco de laranja. Banana. A comida da minha mãe. Um cachorro quente com tudo dentro e sem abacate. Lingüiça, salsicha.
  • Beber andando na rua. Não que eu fazia isso sempre quando estava no Brasil. Mas é que aqui é proibido. Aliás tanta coisa aqui é proibida. Fui tirar uma foto do carro dos carabineros e quase fui presa.
  • Passear de metrô, de ônibus, a pé. Coisas que eu não faço aqui.

Outro dia me perguntaram se eu era feliz. Pensei uns minutos, me perguntando e acho que sou sim. Apesar de estar longe de casa, de não fazer mais as coisas que eu gosto, e de não ser eu mesma quando não estou trabalhando.

Mas aí, sou feliz sim.


...

2 comentários:

Bruna disse...

Ai Vivis... deve ser PHODA ficar fora, mas imagino que tem feito bem pra você. Não é um bem pra amadurecer pessoalmente, o que acaba acontecendo, mas profissionalmente imagino que você vai crescer muito.

E que bom que vem pro Brasil, semana que vem. Tá pertinho!!! :)

Beijos.

Daniele Fatima disse...

Oba, vamos passear a lot. :)